quinta-feira, 24 de junho de 2010

Meu destino não é de ninguém...

Meu caminho é cada manhã, não procure saber onde estou. Meu destino não é de ninguém e eu não deixo os meus passos no chão. Se você não entende não vê, se não me vê não entende.
Não procure saber onde estou se o meu jeito te surpreende. Se o meu corpo virasse sol, se a minha mente virasse sol. Mas só chove, chove, chove e chove.
Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros. Meu corpo viraria sol, minha mente viraria sol, mas só chove, chove, chove e chove.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Amanda

Um pouco sobre eu mesma, estou muito bem agora, obrigada. Tem sempre momentos na vida em que a gente passa por um turbilhão de problemas, tudo se junta numa coisa só, e acaba com nossa estima. E o que a gente leva disso, são milhões de lições, mudanças, aprendemos a lidar com o mundo, enfim, amadurecemos. E querendo ou não, depois disso sempre vem os momentos em que estamos bem com nós mesmos, mudamos, nos adaptamos, aceitamos nossas condições, sejam elas sentimentais, físicas, econômicas, ou qualquer outra. Resolvemos o que queremos e seguimos em frente, e isso é um tanto libertador.
Voltando ao "sobre eu mesma", difícil tentar me explicar, apesar de conviver comigo mesma à 16 anos, não me conheço tanto, o básico é que, tenho uma mãe, um pai e 4 irmãos(as), família pequena né? Talvez seja por essa quantidade que nunca fui mimada, é, nem sempre tenho o que quero, na hora que quero e do jeito que quero. Odeio falsidade, "nhenhenhe", gente metida, injustiça, hipocrisia e preconceito (apesar de ser um tanto difícil fugir de ser hipócrita e "preconceitusa"), não gosto que mexam nas minhas coisas e principalmente nas minhas caixinhas de papel. Amo ler, gosto de frutas, fotografias, crianças, dormir, comer(claro), dançar, circo, solidariedade, rir muito, etc etc etc.
Sempre fui um tantão desastrada, desajeitada, bagunceira, meio lerda, tímida(apesar da timidez ter mudado muito de uns tempos pra cá,rs), perco tudo e esqueço as coisas... Quando pequena, quebrava todos meus brinquedos e minhas barbies e bonecas tinham cabelo pixaim e faltavam uma perna ou braço, isso quando não sumia a cabeça, eu falava com meus brinquedos, tinha uma amiga imaginária chamada Bruna, morria/chorava de medo do mundo acabar e por ser "transparentemente" branca e muito magrela, minhas professoras chamavam minha mãe na escola porque achavam que eu tinha anemia. Hoje eu ainda falo sozinha, e quebro muitas coisas, tenho uma cor indefinida(haha), e umas gordurinhas.
Perco a paciência comigo mesma, rio sozinha(minha mãe pensa que eu sou retardada), a maioria das vezes demoro muito tempo pra dormir mesmo com muito sono. Como mais que o suficiente, durmo demais e finjo que sou preguiçosa(tá vai, eu sou um pouco). Gosto de assistir programas de cirurgia plástica, e até penso em ser cirurgiã plástica, mas são 11 anos de faculdade e eu não manjo muito de química, física e biologia, e de certa forma, meu mundo é o das artes, lembrando que não nasci pra limpar a casa, isso eu faço muito mal.
Gosto de coisas/pessoas estranhas, o homem mais sexy e bonito pra mim é o Jhonny Depp, gosto de vários tipos de música, e não me importo de ser amiga de qualquer tipo de pessoa. Fico sem jeito pra falar dos meus sentimentos e não sei demonstrar tanto afeto, por esse motivo, as pessoas acham que eu sou estúpida e antisentimental. Não ligo tanto pro que falam de mim e não espero sempre o melhor das pessoas. Só tomo decisões quando tenho certeza de que elas não vão mudar tão cedo. Não costumo muito "voltar atrás" e por enquanto, não me arrependo de nada que vivi. É, ainda não sei como falar tudo, e o que disse não foi quase nada do que sou, mas resumindo, eu estou bem.

Quem me dera, ao menos uma vez.

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês -
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda - assim pude trazer você de volta pra mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do inicio ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado.
Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente.
[...]
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

Índios - Legião Urbana (comp.:Renato Russo)